sexta-feira, 15 de abril de 2011

Agenda e expectativas do dia 01/04


Expectativas para hoje

Após cinco leilões de compra realizados ontem pelo BC na tentativa de evitar que o dólar viesse abaixo de R$ 1,62, a tendência pode ser totalmente invertida. Pode parecer mentira de 1º de abril, mas não é. Para isto basta que o Payroll, esperado para hoje, mostre sinais mais fortes de recuperação do mercado de trabalho norte-americano. O índice de atividade industrial (do ISM) também será monitorado por lá e pode reforçar uma atividade mais forte. Vários membros do FED já sinalizaram ser favoráveis à retirada dos estímulos à economia, olhando com cautela os índices de inflação. Ontem o presidente da distrital do FED de Minneapolis foi adiante afirmando que o FED pode ter de subir o juro ao final deste ano “possivelmente em 75 pontos-base” para frear as pressões inflacionárias decorrentes da recuperação econômica. Nesta mesma situação está o Banco Central Europeu, sendo que no velho continente o aumento é esperado para bem antes, talvez até na próxima semana. Portanto, a conseqüência é que o excesso de liquidez que vem inundando os emergentes possa se reequilibrar voltando aos países desenvolvidos, invertendo assim o fluxo atual das divisas. O nosso BC torce para isto, mas já sinalizou que está “disposto a tomar novas medidas” contra a volatilidade do câmbio, caso este cenário não seja confirmado.

Na Europa os destaques são os índices de atividade industrial na Zona do Euro (que apresentou queda em março), Reino Unido e Alemanha, referentes a março, e o desemprego de fevereiro para a Z. do Euro que apresentou queda para 9,9%.

Por aqui, o dia começa com IPC-S da FGV confirmando a mediana de 0,71% para março, ganhando força em relação a fevereiro (0,49%), e também em relação a ultima medida em 0,69%. Encerrando com ainda maior importância tivemos a produção industrial pela PIM do IBGE, com resultado expressivo de 1,9% ante janeiro, o que deve influenciar as expectativas para o juro no dia de hoje. Vale alertar sobre os dados de fevereiro, que apresentou maior número de dias úteis em função de o carnaval ter acontecido em março neste ano, provavelmente inflando o resultado.

Na China a atividade industrial se recuperou em março, 53,4 de 52,2 em fevereiro, reduzindo as preocupações de uma desaceleração mais forte daquela economia e abrindo espaço para mais política monetária pelo BC chinês.

BOLSA, CÂMBIO E JUROS

A Bovespa tende a acompanhar os grandes centros financeiros, hoje influenciados positivamente pelo Payroll norte-americano.

O dólar pode se favorecer com os sinais de recuperação da atividade nos EUA, que a se confirmar pode inverter a tendência em relação ao Real.

Os juros devem precificar mais um indicador de inflação em alta, sobretudo após a produção industrial de fevereiro com alta substancial em relação a janeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário