Expectativas para hoje
Ontem, os mercados seguiam num dia morno, quando a notícia que a agência de classificação de risco Fitch elevou mais uma vez o rating do Brasil acabou impactando os negócios. Para efeito de comparação, com o novo rating, o Brasil passa a ter classificação de risco melhor que Portugal e Grécia, por exemplo, o mesmo rating que Rússia e México, mas ainda abaixo de países como Itália e Irlanda. O dólar, que vinha com pequena valorização, passou a cair se aproximando da cotação de R$1,60.
Ontem à noite, o Conselho Monetário Nacional, anunciou um complemento à regra que impôs IOF de 6% sobre captações no exterior. Com a decisão, empresas que renovarem empréstimos externos terão que realizar uma operação simultânea de câmbio. Assim, a operação passará a estar sujeita ao mesmo imposto que inicialmente incidia somente sobre novas contratações.
Agora pela manhã, mais duas notícias impactam negativamente os mercados. O Banco do Povo da China elevou as taxas de juros de empréstimos e depósitos em 0,25 pontos percentuais, como mais uma medida para combater a inflação no país. A outra notícia foi o rebaixamento pela agência Moody’s do rating de Portugal. Com isso, a repercussão nas bolsas é negativa, com os principais mercados da Europa em queda.
Ainda hoje será divulgada, às 15h, a ata da última reunião do FED, realizada em março. As preocupações sobre quando se dará o início do ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos diminuíram, após Ben Bernanke, presidente do banco central norte-americano, em discurso proferido ontem, classificar o aumento da inflação como transitório.
Aqui no Brasil, o destaque da agenda é a primeira divulgação do Índice de Preços ao Produtor (IPP) pelo IBGE, às 10h.
No exterior, as commodities têm um dia de queda. Mas chama atenção a cotação do petróleo. O tipo Brent cai 0,57%, mas ainda permanece acima de 120 dólares por barril. Também os índices futuros em Nova Iorque indicam abertura em queda das bolsas de Wall Street.
BOLSA, CÂMBIO E JUROS
A elevação dos juros na China aumenta o sentimento de aversão ao risco, podendo impactar negativamente a Bovespa.
Após se aproximar do patamar de R$ 1,60, o dólar deve ter um dia de recuperação, com o mercado avaliando os efeitos de mais uma medida para sustentação cambial.
Os contratos de juros futuros devem operar próximos da estabilidade. A divulgação do novo Índice de Preços ao Produtor (IPP) pelo IBGE não deve ter grande impacto no mercado de juros.
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